O som do recomeço
O meu quarto está quente e luminoso. Os meus dedos batem pesadamente no teclado.
É-me impossível descrever este sentimento. A lucidez, a claridade.
Sinto-me como se fosse eu de novo. Mas um ''eu'' renovado, resplandecente.
Tenho um sorriso irónico no rosto. Por razão absolutamente nenhuma, apenas porque tenho. Apenas porque me sabe bem tê-lo, faz-me sentir controlada.
Estou em paz comigo mesma. Estou em paz com tudo.
A rapariga no meu espelho sorri-me, de grandes olhos castanhos, agradada por me voltar a ver. Sorri-lhe de volta. Era, de facto, agradável voltar a sentir-me confiante. Era agradável sentir-me respirar sem problemas.
A pior parte passou. E não foi assim tão má.
Lá fora o tempo está morto, cinzento. Mas nem isso me incomoda. Sinto-me como se tivesse dormido este tempo todo e agora fosse finalmente hora de acordar.
Suspiro alegremente. Apetece-me sair mas não saberia para onde ir. Apetece-me estar com alguém mas não saberia com quem.
A verdade é que não sei que fazer agora. Porque nos últimos dias escondi-me para me conseguir refazer e agora que estou refeita não sei o que fazer.
Não sei como agir.
Não sei como falar. Como sorrir.
As aulas começarão em breve. E eu terei de estar preparada. Preparada para mais um período a aguentar-me. Para mais um período.
Mas neste período eu tenho hipótese. Posso mudar de estilo, ter boas notas, participar, sair com amigas.
Posso fazer o que quiser. E quando o período acabar será verão. E, aí sim, divertir-me-ei à grande.
Portanto, são só mais 3 meses de obrigações.
E, dado que terei imenso tempo para tudo, nem poderão ser chamadas de obrigações.
Estou pronta. Para o trabalho, para o descanso, para o futuro. Para a diversão e para as obrigações.
E, mais importante ainda, estou preparada para enfrentar o presente.
Talvez até preparada demais.
É-me impossível descrever este sentimento. A lucidez, a claridade.
Sinto-me como se fosse eu de novo. Mas um ''eu'' renovado, resplandecente.
Tenho um sorriso irónico no rosto. Por razão absolutamente nenhuma, apenas porque tenho. Apenas porque me sabe bem tê-lo, faz-me sentir controlada.
Estou em paz comigo mesma. Estou em paz com tudo.
A rapariga no meu espelho sorri-me, de grandes olhos castanhos, agradada por me voltar a ver. Sorri-lhe de volta. Era, de facto, agradável voltar a sentir-me confiante. Era agradável sentir-me respirar sem problemas.
A pior parte passou. E não foi assim tão má.
Lá fora o tempo está morto, cinzento. Mas nem isso me incomoda. Sinto-me como se tivesse dormido este tempo todo e agora fosse finalmente hora de acordar.
Suspiro alegremente. Apetece-me sair mas não saberia para onde ir. Apetece-me estar com alguém mas não saberia com quem.
A verdade é que não sei que fazer agora. Porque nos últimos dias escondi-me para me conseguir refazer e agora que estou refeita não sei o que fazer.
Não sei como agir.
Não sei como falar. Como sorrir.
As aulas começarão em breve. E eu terei de estar preparada. Preparada para mais um período a aguentar-me. Para mais um período.
Mas neste período eu tenho hipótese. Posso mudar de estilo, ter boas notas, participar, sair com amigas.
Posso fazer o que quiser. E quando o período acabar será verão. E, aí sim, divertir-me-ei à grande.
Portanto, são só mais 3 meses de obrigações.
E, dado que terei imenso tempo para tudo, nem poderão ser chamadas de obrigações.
Estou pronta. Para o trabalho, para o descanso, para o futuro. Para a diversão e para as obrigações.
E, mais importante ainda, estou preparada para enfrentar o presente.
Talvez até preparada demais.
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