Brother
Pus o meu braço à volta dos ombros dele. Não me parece que ele tenha entendido a sublimidade do gesto. Talvez seja demasiado novo para perceber. Talvez eu seja demasiado nova para fazer com que ele perceba.
Ninguém entende a facilidade do laço. Ninguém compreende a hesitante sensação de ternura que nos invade.
A criança que costumava ter nos braços é agora um pré adolescente resmungão. A criança que vi crescer senta-se agora ao meu lado e sorri-me.
Passaram 11 anos. Mais de uma década a tê-lo a meu lado. Mais de uma década com a constância do sorriso dele.
Tivemos momentos em que não nos suportávamos um ao outro, é verdade. Tive momentos em que detestei ter um irmão, em que preferia estar sozinha.
Mas que faria eu sem o riso trocista dele, sem os olhos enormes e arregalados dele, sem as nossas discussões?
Éramos ambos pirralhos pequenos quando eu subia ao teu berço e ficava a brincar contigo a tarde inteira.
Éramos ambos míseras crianças quando eu costumava brincar às casinhas contigo.
Somos ainda bastante novos, meu fedelho, mas é reconfortante saber que temos uma vida inteira pela frente, na qual partilharemos os nossos segredos e sonhos.
Por outro lado, é estranha a sensação de que o bebé que eu costumava mal aguentar nos meus braços é agora quase um homem.
São tantas as fotografias que testemunham a nossa infância. Uma maravilhosa infância da qual a minha única real recordação és tu.
Posso muitas vezes fartar-me de ti, irritar-me com a tua ingenuidade, mas digo-te, pequeno, tive uma sorte desgraçada. Tantos que gostariam de ter alguém como tu na vida deles.
Encosto-me no ombro dele. Somos uma fotografia imperfeita, inacabada.
Quem me dera saber no que nos tornaremos. Quem me dera saber quais serão os nossos sucessos.
Seja de que maneira for, eu sei que daqui a muitos anos olharemos nostálgicos para esta nossa fotografia imperfeita.
E sorriremos, juntos. Já não como a criança curiosa e o bebé irrequieto, já não como a adolescente indiferente e o pré-adolescente chato, e sim como dois adultos, com uma história de vida recheada.
E, mesmo após esses anos todos, estaremos juntos.
Porque ainda me lembro do dia em que te puseram nos meus braços e em que pude, pela primeira vez na vida, rir e dizer: ''É o meu mano!''
Ninguém entende a facilidade do laço. Ninguém compreende a hesitante sensação de ternura que nos invade.
A criança que costumava ter nos braços é agora um pré adolescente resmungão. A criança que vi crescer senta-se agora ao meu lado e sorri-me.
Passaram 11 anos. Mais de uma década a tê-lo a meu lado. Mais de uma década com a constância do sorriso dele.
Tivemos momentos em que não nos suportávamos um ao outro, é verdade. Tive momentos em que detestei ter um irmão, em que preferia estar sozinha.
Mas que faria eu sem o riso trocista dele, sem os olhos enormes e arregalados dele, sem as nossas discussões?
Éramos ambos pirralhos pequenos quando eu subia ao teu berço e ficava a brincar contigo a tarde inteira.
Éramos ambos míseras crianças quando eu costumava brincar às casinhas contigo.
Somos ainda bastante novos, meu fedelho, mas é reconfortante saber que temos uma vida inteira pela frente, na qual partilharemos os nossos segredos e sonhos.
Por outro lado, é estranha a sensação de que o bebé que eu costumava mal aguentar nos meus braços é agora quase um homem.
São tantas as fotografias que testemunham a nossa infância. Uma maravilhosa infância da qual a minha única real recordação és tu.
Posso muitas vezes fartar-me de ti, irritar-me com a tua ingenuidade, mas digo-te, pequeno, tive uma sorte desgraçada. Tantos que gostariam de ter alguém como tu na vida deles.
Encosto-me no ombro dele. Somos uma fotografia imperfeita, inacabada.
Quem me dera saber no que nos tornaremos. Quem me dera saber quais serão os nossos sucessos.
Seja de que maneira for, eu sei que daqui a muitos anos olharemos nostálgicos para esta nossa fotografia imperfeita.
E sorriremos, juntos. Já não como a criança curiosa e o bebé irrequieto, já não como a adolescente indiferente e o pré-adolescente chato, e sim como dois adultos, com uma história de vida recheada.
E, mesmo após esses anos todos, estaremos juntos.
Porque ainda me lembro do dia em que te puseram nos meus braços e em que pude, pela primeira vez na vida, rir e dizer: ''É o meu mano!''
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