Insónias
Esfrego os meus olhos lassos. O sono parecia pendente na minha mente, sem se querer concretizar.
Mais uma noite de insónias, concluí, mais resignada que aborrecida.
Quis deitar-me e perder-me na almofada, mas a verdade é que, se ia estar acordada, mais valia ser produtiva.
Ponderei em todas as palavras ditas. Em tudo o que ele dissera, tudo aquilo que me fizera. Sempre o mesmo. Fizera-me sempre o mesmo.
O meu estômago parecia invadido por borboletas, o meu coração parecia que me ia sair do peito. E, apesar de todos os sinais físicos, sentia-me oca. Indiferente.
Talvez tenha fechado essa parte de mim. Ou talvez só a tenha fechado para ele. Talvez realmente já não haja mais espaço em mim.
Virei o rosto para o elefante de peluche, que me observava dali, de cima da estante. Sempre tratei aquele elefante como se fosse um pedaço dele. Daí não estar a dormir com ele esta noite. Porque preciso de respirar, de pensar. De me lembrar daquilo que aconteceu há meses atrás.
E não me esquecer simplesmente porque ele disse... Aquilo que disse.
Nós falhámos. Há meses atrás, eu falhei, ele falhou. E acabou. E eu, a custo, segui com a minha vida porque, apesar de todos os rancores, sabia que era o melhor a fazer.
Mas eu precisava de alguém na minha vida. Alguém que me entusiasmasse, que me fizesse bem. E, depois de tanto desejar que esse alguém aparecesse, ele reaparece. Como se fosse um deus, como se pudesse e quisesse tudo e como se a tudo tivesse direito.
E eu, apesar de tudo isso, encolhi os ombros e levantei o queixo, impedindo-o de me tornar pequena e insignificante à beira dele.
Bem, esta noite ele tornou-me pequena outra vez.
E, apesar de o querer detestar por isso, estou indiferente. Talvez seja o sono suspenso. Talvez o sono suspenso me faça sonhar acordada e me faça acreditar no destino e no ''felizes para sempre''.
Porque é nisso que eu estou a pensar agora, às 2 da manhã do dia 21. Que é demasiada coincidência ele reaparecer assim, do nada, na altura certa. Talvez seja o destino.
Ou talvez eu esteja a delirar de mais uma noite seguida sem dormir.
Mas talvez, só talvez, tenhamos sido feitos um para o outro. Mas simplesmente não fomos feitos para estarmos juntos.
Meus leitores, já devem adivinhar pelo nível ridicularizante das minhas palavras que a minha mente precisa de descansar. Precisa de parar de pensar. Por uma noite.
Preciso de não o deixar atormentar-me por uma noite.
Portanto vou desligar o computador e deitar-me. E rezar, apenas rezar para conseguir dormir.
Porque de manhã tudo parece mais claro.
Mais uma noite de insónias, concluí, mais resignada que aborrecida.
Quis deitar-me e perder-me na almofada, mas a verdade é que, se ia estar acordada, mais valia ser produtiva.
Ponderei em todas as palavras ditas. Em tudo o que ele dissera, tudo aquilo que me fizera. Sempre o mesmo. Fizera-me sempre o mesmo.
O meu estômago parecia invadido por borboletas, o meu coração parecia que me ia sair do peito. E, apesar de todos os sinais físicos, sentia-me oca. Indiferente.
Talvez tenha fechado essa parte de mim. Ou talvez só a tenha fechado para ele. Talvez realmente já não haja mais espaço em mim.
Virei o rosto para o elefante de peluche, que me observava dali, de cima da estante. Sempre tratei aquele elefante como se fosse um pedaço dele. Daí não estar a dormir com ele esta noite. Porque preciso de respirar, de pensar. De me lembrar daquilo que aconteceu há meses atrás.
E não me esquecer simplesmente porque ele disse... Aquilo que disse.
Nós falhámos. Há meses atrás, eu falhei, ele falhou. E acabou. E eu, a custo, segui com a minha vida porque, apesar de todos os rancores, sabia que era o melhor a fazer.
Mas eu precisava de alguém na minha vida. Alguém que me entusiasmasse, que me fizesse bem. E, depois de tanto desejar que esse alguém aparecesse, ele reaparece. Como se fosse um deus, como se pudesse e quisesse tudo e como se a tudo tivesse direito.
E eu, apesar de tudo isso, encolhi os ombros e levantei o queixo, impedindo-o de me tornar pequena e insignificante à beira dele.
Bem, esta noite ele tornou-me pequena outra vez.
E, apesar de o querer detestar por isso, estou indiferente. Talvez seja o sono suspenso. Talvez o sono suspenso me faça sonhar acordada e me faça acreditar no destino e no ''felizes para sempre''.
Porque é nisso que eu estou a pensar agora, às 2 da manhã do dia 21. Que é demasiada coincidência ele reaparecer assim, do nada, na altura certa. Talvez seja o destino.
Ou talvez eu esteja a delirar de mais uma noite seguida sem dormir.
Mas talvez, só talvez, tenhamos sido feitos um para o outro. Mas simplesmente não fomos feitos para estarmos juntos.
Meus leitores, já devem adivinhar pelo nível ridicularizante das minhas palavras que a minha mente precisa de descansar. Precisa de parar de pensar. Por uma noite.
Preciso de não o deixar atormentar-me por uma noite.
Portanto vou desligar o computador e deitar-me. E rezar, apenas rezar para conseguir dormir.
Porque de manhã tudo parece mais claro.
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