''Sweet'' 16
Estou velha. Absolutamente velha.
Cansada de tudo e todos. Preparada para um ano de sofrimento, preparada para o resto de uma existência de esforço contínuo.
Assumi toda e qualquer obrigação. Sujeitei-me a todas, mesmo sem me aperceber. De repente sujeitei-me a ser uma boa filha, uma boa atleta, uma boa amiga, uma boa aluna. Assim, como se nada fosse, como se não custasse nada.
Ser nova não era suposto significar divertir-me? Ser indiferente, fazer asneiras? Então nunca o fui. Nunca fui despreocupada ou descontraída, ou indiferente. Nasci adulta, aparentemente.
Não sei quando aceitei ser velha mesmo sendo nova, mas aparentemente aconteceu, aparentemente tomei essa decisão.
Aparentemente, em algum ponto na minha vida, decidi que ela seria uma infinita lista de tarefas e obrigações.
Sussurro para mim própria que é só mais um ano, um ano de exaustão e infinito cansaço, um ano em que não tenho tempo para mim ou para aliás mais nada que não sejam essas tais de obrigações. Sussurro para mim própria que vai passar depressa e que depois acabou, depois posso ser despreocupada e livre. Infelizmente, este seria o meu último ano de relativa liberdade. O ano seguinte será um ano de esforço ridículo, o seguinte de adaptação, o seguinte de esforço e o seguinte também. E, de repente, terei 20 anos. E a adolescência acabou. Bem como a minha juventude. E, aparentemente, decidi que ela seria repleta de eternos cansaços e ironias.
Ter 16 anos não muda nada. Não sei porque pensei que mudaria. Não sei porque pensei que ia fazer de mim adulta e ao mesmo tempo criança.
Cansada de tudo e todos. Preparada para um ano de sofrimento, preparada para o resto de uma existência de esforço contínuo.
Assumi toda e qualquer obrigação. Sujeitei-me a todas, mesmo sem me aperceber. De repente sujeitei-me a ser uma boa filha, uma boa atleta, uma boa amiga, uma boa aluna. Assim, como se nada fosse, como se não custasse nada.
Ser nova não era suposto significar divertir-me? Ser indiferente, fazer asneiras? Então nunca o fui. Nunca fui despreocupada ou descontraída, ou indiferente. Nasci adulta, aparentemente.
Não sei quando aceitei ser velha mesmo sendo nova, mas aparentemente aconteceu, aparentemente tomei essa decisão.
Aparentemente, em algum ponto na minha vida, decidi que ela seria uma infinita lista de tarefas e obrigações.
Sussurro para mim própria que é só mais um ano, um ano de exaustão e infinito cansaço, um ano em que não tenho tempo para mim ou para aliás mais nada que não sejam essas tais de obrigações. Sussurro para mim própria que vai passar depressa e que depois acabou, depois posso ser despreocupada e livre. Infelizmente, este seria o meu último ano de relativa liberdade. O ano seguinte será um ano de esforço ridículo, o seguinte de adaptação, o seguinte de esforço e o seguinte também. E, de repente, terei 20 anos. E a adolescência acabou. Bem como a minha juventude. E, aparentemente, decidi que ela seria repleta de eternos cansaços e ironias.
Ter 16 anos não muda nada. Não sei porque pensei que mudaria. Não sei porque pensei que ia fazer de mim adulta e ao mesmo tempo criança.
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