Love stories
Para uma pessoa que se considera independente de romance e incólume de amor já atravessei imensas histórias, algumas ridículas, outras divertidas, outras marcantes. Claro que quando se está envolvido na história não se tem a noção do porquê de ser tudo isso. Apenas quando se sai, ileso ou não, é que ao olhar para trás se sorri ou se cora.
Acho que o tempo nos traz sabedoria. Daí que considere a maior parte das minhas ''histórias de amor'' desnecessárias. Desnecessárias porque, talvez, não eram histórias de amor. Porque não eram mútuas, porque sou demasiado nova para tal coisa, porque algumas foram apenas fogo de vista, porque foram só ilusões na minha cabeça. Ou, talvez, que se dane tudo isso. Não deixam de ser histórias porque sou muito nova. Aliás, faz mais sentido que assim seja, nesta idade em que as nossas hormonas andam aos saltos e os nossos corações correm.
Não considero a história que vos ando a contar há meses uma história de amor. Considero, sim, uma história de auto-destruição. Apenas considero histórias de amor aquelas que são intensas e fugazes. Aquelas que eu me lembrarei por terem sido aventuras, mesmo que algumas delas não tenham chegado a ser amor. Ou aquelas que eu me lembrarei a vida toda porque durarão a vida toda.
Considero história de amor aquela sobre um rapaz que me adorava e detestava ao mesmo tempo, aquele que era a minha paixoneta desde criança, aquele com quem eu cresci, aquele que passem quantos anos passarem sempre me vai fazer tremer de olhar para ele. O rapaz simples que se fazia grande, tão parecido comigo sem o saber. O rapaz de olhos negros e pele pálida.
Considero história de amor aquela sobre outro rapaz simples em quem eu me apoiei há não muito tempo. Aquele que fazia reais travessias de bicicleta para me ver, aquele com quem eu dancei no meio da estrada, aquele que me fazia rir com observações parvas, aquele que era a versão masculina de mim, aquele com quem eu fiz milhares de planos de fuga que nunca serão concretizados. Foi o meu romance de verão, infantil e leve, que me fazia sorrir e que me fazia sonhar. Não precisava de mais.
Considero uma história de amor aquela que se passou entre estações de comboios e chamadas pela noite dentro. Uma história que não era mútua, que era, aliás, incomodativa e irritante, mas que não deixa de ser uma história de amor. Não deixa de ser uma história de amor por todas as confissões feitas ao sabor do vento na praia. Por todos os intensos olhares, por todas as palavras que eu não estava preparada para dizer. Por aquela música, para sempre adequada. Pela despedida atroz por eu ser uma pessoa atroz.
Não considero histórias de amor aquelas em que eu despi a minha dignidade, indignação e orgulho. Aquelas que me obrigaram a ceder. Não considero histórias de amor aquelas em que de facto houve amor. Porque o amor, ou o quer que seja de que eu ando a padecer há demasiado tempo, é escuro, infeliz, patético. Não é só diversão e felicidade. E, quando as pessoas vão ouvir uma história de amor, esperam qualquer coisa parecida com um conto de fadas. Estas minhas aventuras são contos de fadas sem ''felizes para sempre''.
O amor podia ser assim: leve, divertido, interessante. Não cansativo, incomodativo, irritante, sufocante, cinzento, doente. E por isso eu digo que o meu peito e a minha mente não foram feitos para algo tão incomensuravelmente bárbaro. Prefiro mil aventuras o resto da vida.
Acho que o tempo nos traz sabedoria. Daí que considere a maior parte das minhas ''histórias de amor'' desnecessárias. Desnecessárias porque, talvez, não eram histórias de amor. Porque não eram mútuas, porque sou demasiado nova para tal coisa, porque algumas foram apenas fogo de vista, porque foram só ilusões na minha cabeça. Ou, talvez, que se dane tudo isso. Não deixam de ser histórias porque sou muito nova. Aliás, faz mais sentido que assim seja, nesta idade em que as nossas hormonas andam aos saltos e os nossos corações correm.
Não considero a história que vos ando a contar há meses uma história de amor. Considero, sim, uma história de auto-destruição. Apenas considero histórias de amor aquelas que são intensas e fugazes. Aquelas que eu me lembrarei por terem sido aventuras, mesmo que algumas delas não tenham chegado a ser amor. Ou aquelas que eu me lembrarei a vida toda porque durarão a vida toda.
Considero história de amor aquela sobre um rapaz que me adorava e detestava ao mesmo tempo, aquele que era a minha paixoneta desde criança, aquele com quem eu cresci, aquele que passem quantos anos passarem sempre me vai fazer tremer de olhar para ele. O rapaz simples que se fazia grande, tão parecido comigo sem o saber. O rapaz de olhos negros e pele pálida.
Considero história de amor aquela sobre outro rapaz simples em quem eu me apoiei há não muito tempo. Aquele que fazia reais travessias de bicicleta para me ver, aquele com quem eu dancei no meio da estrada, aquele que me fazia rir com observações parvas, aquele que era a versão masculina de mim, aquele com quem eu fiz milhares de planos de fuga que nunca serão concretizados. Foi o meu romance de verão, infantil e leve, que me fazia sorrir e que me fazia sonhar. Não precisava de mais.
Considero uma história de amor aquela que se passou entre estações de comboios e chamadas pela noite dentro. Uma história que não era mútua, que era, aliás, incomodativa e irritante, mas que não deixa de ser uma história de amor. Não deixa de ser uma história de amor por todas as confissões feitas ao sabor do vento na praia. Por todos os intensos olhares, por todas as palavras que eu não estava preparada para dizer. Por aquela música, para sempre adequada. Pela despedida atroz por eu ser uma pessoa atroz.
Não considero histórias de amor aquelas em que eu despi a minha dignidade, indignação e orgulho. Aquelas que me obrigaram a ceder. Não considero histórias de amor aquelas em que de facto houve amor. Porque o amor, ou o quer que seja de que eu ando a padecer há demasiado tempo, é escuro, infeliz, patético. Não é só diversão e felicidade. E, quando as pessoas vão ouvir uma história de amor, esperam qualquer coisa parecida com um conto de fadas. Estas minhas aventuras são contos de fadas sem ''felizes para sempre''.
O amor podia ser assim: leve, divertido, interessante. Não cansativo, incomodativo, irritante, sufocante, cinzento, doente. E por isso eu digo que o meu peito e a minha mente não foram feitos para algo tão incomensuravelmente bárbaro. Prefiro mil aventuras o resto da vida.
Comentários
Enviar um comentário