A Descoberta
Descobri, hoje, algures entre as doces alvoradas e os amargos fins de tarde, que estava pronta. Pronta para um nova aventura, pronta para me receber, pronta para a conclusão.
Descobri-o enquanto suspirava pela falta de pensamentos na minha mente, enquanto me apercebia que aqueles que realmente tinha eram finos e fugidios. Que a enorme cortina de ferro que pendia sobre mim começava a subir e a desfazer-se.
Percebi-o quando a conclusão de que talvez nunca mais o veria me trouxe absoluta e completa resignação.
Descobri que as tardes eram agora mais doces, que as letras encravadas nos livros eram de uma humildade perfeita, que o meu coração estava leve e vazio.
Talvez seja efeito do relaxamento a que estou sujeita, do azul profundo do mar, do som infinito das praias, das vistas intermináveis das montanhas. Talvez seja uma bonita ilusão, que desaparecerá assim que eu puser pé em solo português. Então, aproveitá-la-ei.
É-me, de facto, impossível pensar em seja o que for para além da estonteante beleza valenciana, do calor que me acaricia o rosto, dos sorrisos quentes e simpáticos, das peles morenas de verão.
Aparentemente, o remédio para se curar seja o que for é férias. Sentir-se assoberbado pelos sentidos, pelos cheiros doces, pelos sabores salgados, pelas músicas mexidas, pelas texturas leves, pelas paisagens vivas.
E foi assim que eu, que há tanto tempo me quebrei, me refiz de novo. Agora, oremos para que mal o meu pé pequeno e moreno toque em terra invicta a ilusão não se desfaça.
Descobri-o enquanto suspirava pela falta de pensamentos na minha mente, enquanto me apercebia que aqueles que realmente tinha eram finos e fugidios. Que a enorme cortina de ferro que pendia sobre mim começava a subir e a desfazer-se.
Percebi-o quando a conclusão de que talvez nunca mais o veria me trouxe absoluta e completa resignação.
Descobri que as tardes eram agora mais doces, que as letras encravadas nos livros eram de uma humildade perfeita, que o meu coração estava leve e vazio.
Talvez seja efeito do relaxamento a que estou sujeita, do azul profundo do mar, do som infinito das praias, das vistas intermináveis das montanhas. Talvez seja uma bonita ilusão, que desaparecerá assim que eu puser pé em solo português. Então, aproveitá-la-ei.
É-me, de facto, impossível pensar em seja o que for para além da estonteante beleza valenciana, do calor que me acaricia o rosto, dos sorrisos quentes e simpáticos, das peles morenas de verão.
Aparentemente, o remédio para se curar seja o que for é férias. Sentir-se assoberbado pelos sentidos, pelos cheiros doces, pelos sabores salgados, pelas músicas mexidas, pelas texturas leves, pelas paisagens vivas.
E foi assim que eu, que há tanto tempo me quebrei, me refiz de novo. Agora, oremos para que mal o meu pé pequeno e moreno toque em terra invicta a ilusão não se desfaça.
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