Long spring days

Depois de 3 dias, de milhares de reflexões, de variadas conclusões, de infinitas decisões e de incontáveis sensibilidades, perdoei-lhe.
Não completamente. Nunca lhe perdoarei completamente.
Perdoei-lhe o gesto inicial. Perdoei-lhe o gesto final. Mas a intenção não.
Perdoei-lhe porque percebi. Percebi que já ultrapassei. Ultrapassei-o. Tal como já tinha dito, não ultrapassei , no entanto, as sensações, as memórias. São momentos que gostaria de reviver. Mas não com ele. Nunca mais com ele.
Sinto-me sem coração outra vez. A vaguear pelo vazio, pelas eternas divagações de que talvez nunca sairei.
O problema destas situações é que fico totalmente presa dentro da minha própria cabeça. Mergulho-me em infortunas mensagens, infelizes pensamentos. Aos quais fico ligada, sem deles conseguir acordar.
Espero que ele seja feliz. Sem mim. Porque ele nunca voltará a ter a possibilidade de me ter na vida dele seja de que maneira for.
E isso entristece-me. Porque eu queria tê-lo de volta na minha vida. Queria que houvesse pelo menos cumplicidade entre nós porque não me parece que ele me possa alguma vez ser indiferente. Ele vai significar sempre algo para mim. Nem que seja só o quão infeliz se pode ser. Nem que seja só o máximo de desilusão que um coração humano pode aguentar. Nem que sejam só aqueles 7 meses.
Estou feliz por ele. Estou feliz por mim.
Tenho pena de como as coisas acabaram, mas não tenho pena que tenham acabado.
Estou feliz. Pela primeira vez em 10 meses estou mesmo feliz.

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