Páginas em Branco
O ritual da página em branco. Os fiascos de luz nos meus olhos. As tempestades atravessadas no meu rosto.
Não fui feita para amar. Não fui feita para amar mais nada a não ser os blocos de folhas vazios, a tinta da caneta a deslizar no papel, a formação de palavras.
Palavras... Como pode algo tão pequeno, tão simples, criar tamanha revolução em mim? Como podem elas ser-me enquanto eu as sou escrevendo-as?
É fácil. São talvez a única coisa não efémera na minha vida. Mantêm-se para sempre, mesmo quando nós já não nos mantemos na Terra.São intemporais. E esses vocábulos intemporais ditam-me e transformam-me enquanto eu os escrevo. Já fui, assim, dez mil pessoas diferentes e não deixei de ser eu, pois todas elas foram-me. Todas essas pessoas tinham um pouco de mim, dessa eu desfeita aos bocados. São a sombra de todas as minhas imperfeições. De todas as minhas paixões. De todos os meus desejos.
Não fui feita para amar. Não fui feita para amar mais nada a não ser os blocos de folhas vazios, a tinta da caneta a deslizar no papel, a formação de palavras.
Palavras... Como pode algo tão pequeno, tão simples, criar tamanha revolução em mim? Como podem elas ser-me enquanto eu as sou escrevendo-as?
É fácil. São talvez a única coisa não efémera na minha vida. Mantêm-se para sempre, mesmo quando nós já não nos mantemos na Terra.São intemporais. E esses vocábulos intemporais ditam-me e transformam-me enquanto eu os escrevo. Já fui, assim, dez mil pessoas diferentes e não deixei de ser eu, pois todas elas foram-me. Todas essas pessoas tinham um pouco de mim, dessa eu desfeita aos bocados. São a sombra de todas as minhas imperfeições. De todas as minhas paixões. De todos os meus desejos.
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