Good days

Os raios de sol matinais batiam-me nos olhos. O cheiro a primavera era intoxicante. Saltei da cama, ansiosa por começar o dia.
Dirigi-me até ao espelho mais próximo para ver os estragos que a noite me tinha feito. Apesar da confusão de cabelos, da existência de olheiras, das marcas, sorria tão largamente que era ridículo.
Observei o meu sorriso. Não fazia ideia do porquê de tamanha boa disposição. Tentei parar de sorrir, sem sucesso.
- Porque estás a sorrir, estúpida?- perguntei-me.
Ri-me com a minha própria reação. Devia estar a enlouquecer.
O rádio gritava uma música qualquer cuja letra era deprimente mas cuja música era o exato contrário. Saltei ao som da música.
Dois dias bons seguidos não é algo que costume acontecer. Talvez sejam o início de apenas dias bons. Será possível? Já? Ou será só um intervalo nos dias maus?
Ou talvez seja só do tempo. O meu humor costuma ser dado a copiar o tempo.
Então que se mantenha o sol.
E o que o meu humor continue ensolarado.

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