Finais
Tudo tem um fim. Tal como eu sempre apregoei.
Seria de esperar que me regozijasse pela minha vitória em todas as discussões alguma vez tidas sobre o assunto. Não o faço. Sinceramente, não o quero fazer.
Que consolação nos traz o fim? Nenhuma. Espero que, de facto, lhe traga alívio. Mas a mim não me traz nada.
Não tenciono esperar desta vez. A minha personalidade foi alterada para sempre por aquele tempo em que esperei incessantemente. Não vou voltar a esperar.
O pessimismo instalou-se nos meus ossos e a minha energia foi-me completamente drenada. O entusiasmo, o real entusiasmo, já não vive em mim. Porquê? Mágoa? Não, solidão. O tempo passa e escorre-me por entre os dedos e eu nem me esforço por o fazer valer. Para quê? Por ser o último ano? Para ser memorável? Que se lixe.
O tempo passa e eu, apesar do terror que me provocará crescer, apenas quero que ele corra até eu já não ter memória, até ao fim.
O fim não me trouxe nada que não memórias indiferentes e solidão.
Estes três anos não me trouxeram nada que não humilhação e cansaço. Portanto, que acabem, que acabem para sempre, para eu os poder lavar de mim e tirar de mim todos os vestígios deles. Para eu ter um novo começo. Outro novo começo, porque eu já sujei o que me foi dado há 3 anos atrás. Deixem-me fugir de vez de tudo isto.
Deixem-me fugir de todo o drama, do pessimismo e desta sensação de solidão.
Estou demasiado cansada e drenada.
Que consolação me dá este fim? Nenhum, tal como o outro. E o outro. O fim não me traz nada. Alguns trouxeram-me humilhação. Mas este apenas me traz silêncio. Silêncio infinito. E a minha cabeça, até há pouco tempo a queixar-se do barulho, agora queixa-se do silêncio.
Estou viva, sou feliz, mas estou drenada até ao fim das minhas forças.
Não me vou permitir esperar desta vez. Tenho de avançar. Já, agora, para sempre. Tenho de virar as costas a tudo o que é passado. Permito-me mais uma semana de amuo e depois acabou. Preciso de dizer ''adeus''. Tenho tanto por que ansiar, tanto para esperar. E tudo está no futuro. Não quero viver mais no passado. Não quero viver neste presente cinzento e irrelevante. Quero os dias mais felizes que virão quando o sol voltar a brilhar.
Não posso esperar mais. Não posso esperar por um sinal de fim de corrida, não posso esperar por algo que não vem. Posso, sim, ansiar pela meta, por ser largada pelas amarras que me prendem. Está quase.
Já não há nada que me impeça: sou livre. Completamente livre. Talvez esteja finalmente na altura de agir como tal.
Não quero ser a rapariga que sou. Não quero ser a rapariga que fui. Quero ser eu. A verdadeira eu. Não tenho bem a certeza de quem essa será. Mas hei de a encontrar.
E o resto que se dane. Adeus.
Que ela tenha um presente aliviado, mas que eu tenha um futuro brilhante. E que ele tenha ido de vez. E que ele desapareça da minha vista. E que ele, se realmente tiver escolhido ir, que seja feliz. Mas longe de mim. O mais longe de mim e do meu presente e do meu futuro possível.
Mágoa? Dor? Humilhação. Não, não e não. Quero apenas dormir. Dormir por dias, semanas e meses. Até que chegue a altura de eu triunfar. Estou apenas cansada. Deixem-me dormir. Prometo que volto tão brilhante como já fui.
Deixem-me dormir. Deixem-me amuar e cair no pessimismo. Eu hei de voltar. Depois de ele se ir, depois de eu apagar de mim o que me foi marcado a ferro e fogo. Eu hei de voltar. Algum dia.
Seria de esperar que me regozijasse pela minha vitória em todas as discussões alguma vez tidas sobre o assunto. Não o faço. Sinceramente, não o quero fazer.
Que consolação nos traz o fim? Nenhuma. Espero que, de facto, lhe traga alívio. Mas a mim não me traz nada.
Não tenciono esperar desta vez. A minha personalidade foi alterada para sempre por aquele tempo em que esperei incessantemente. Não vou voltar a esperar.
O pessimismo instalou-se nos meus ossos e a minha energia foi-me completamente drenada. O entusiasmo, o real entusiasmo, já não vive em mim. Porquê? Mágoa? Não, solidão. O tempo passa e escorre-me por entre os dedos e eu nem me esforço por o fazer valer. Para quê? Por ser o último ano? Para ser memorável? Que se lixe.
O tempo passa e eu, apesar do terror que me provocará crescer, apenas quero que ele corra até eu já não ter memória, até ao fim.
O fim não me trouxe nada que não memórias indiferentes e solidão.
Estes três anos não me trouxeram nada que não humilhação e cansaço. Portanto, que acabem, que acabem para sempre, para eu os poder lavar de mim e tirar de mim todos os vestígios deles. Para eu ter um novo começo. Outro novo começo, porque eu já sujei o que me foi dado há 3 anos atrás. Deixem-me fugir de vez de tudo isto.
Deixem-me fugir de todo o drama, do pessimismo e desta sensação de solidão.
Estou demasiado cansada e drenada.
Que consolação me dá este fim? Nenhum, tal como o outro. E o outro. O fim não me traz nada. Alguns trouxeram-me humilhação. Mas este apenas me traz silêncio. Silêncio infinito. E a minha cabeça, até há pouco tempo a queixar-se do barulho, agora queixa-se do silêncio.
Estou viva, sou feliz, mas estou drenada até ao fim das minhas forças.
Não me vou permitir esperar desta vez. Tenho de avançar. Já, agora, para sempre. Tenho de virar as costas a tudo o que é passado. Permito-me mais uma semana de amuo e depois acabou. Preciso de dizer ''adeus''. Tenho tanto por que ansiar, tanto para esperar. E tudo está no futuro. Não quero viver mais no passado. Não quero viver neste presente cinzento e irrelevante. Quero os dias mais felizes que virão quando o sol voltar a brilhar.
Não posso esperar mais. Não posso esperar por um sinal de fim de corrida, não posso esperar por algo que não vem. Posso, sim, ansiar pela meta, por ser largada pelas amarras que me prendem. Está quase.
Já não há nada que me impeça: sou livre. Completamente livre. Talvez esteja finalmente na altura de agir como tal.
Não quero ser a rapariga que sou. Não quero ser a rapariga que fui. Quero ser eu. A verdadeira eu. Não tenho bem a certeza de quem essa será. Mas hei de a encontrar.
E o resto que se dane. Adeus.
Que ela tenha um presente aliviado, mas que eu tenha um futuro brilhante. E que ele tenha ido de vez. E que ele desapareça da minha vista. E que ele, se realmente tiver escolhido ir, que seja feliz. Mas longe de mim. O mais longe de mim e do meu presente e do meu futuro possível.
Mágoa? Dor? Humilhação. Não, não e não. Quero apenas dormir. Dormir por dias, semanas e meses. Até que chegue a altura de eu triunfar. Estou apenas cansada. Deixem-me dormir. Prometo que volto tão brilhante como já fui.
Deixem-me dormir. Deixem-me amuar e cair no pessimismo. Eu hei de voltar. Depois de ele se ir, depois de eu apagar de mim o que me foi marcado a ferro e fogo. Eu hei de voltar. Algum dia.
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