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A mostrar mensagens de outubro, 2014

Ranting

Imploro-vos, deixem-me em paz. Eu sei que acham que tem piada, eu sei que acham que eu penso que tem piada. Mas não tem. E eu não acho. Eu sei que acham que eu aguento, que sou rainha e altiva ao ponto de não querer saber ou de até achar piada. Mas não acho, e quero saber. Pode não ser sempre, mas às vezes. Quero saber às vezes e as vezes que quero saber enterram-me até aos joelhos. É verdade que sempre adorei ser o centro das atenções. Sempre o fui. E nunca precisei de fazer mais do que ser eu mesma. Mas, por vezes, nas vezes em que estou realmente consciente do que se passa à minha volta e não estou completamente enterrada nos meus pensamentos, na minha vida, em mim, gostava de ser invisível. Não porque não goste da atenção ou porque a minha autoestima não aprecie tudo o que se passa. Mas porque, muitas vezes, sinto-me como um mero cordeiro no meio de lobos. Lobos esfomeados e com problemas de autocontrolo. Gostava de poder existir sem toda a gente saber de todos os meus movimento...

Crises existenciais / Críticas aparvalhadas / Pessimismo Generalizado

A escola portuguesa foi criada para desenvolver o hemisfério esquerdo do cérebro. O hemisfério esquerdo contém o raciocínio lógico, matemático. A capacidade de memorizar. Ignorando assim o hemisfério direito, da criatividade e imaginação, da personalização. Porque é isto relevante? Somos todos produtos estandardizados da mesma fábrica, formatados apesar de tão novos, quadrados, educados para perdermos a imaginação, a inspiração a criatividade. Criados para acreditarmos que tudo se consegue com esforço, sem qualquer influência do nosso génio, ou com pouca. As soluções criativas, as personalidades genialmente desvairadas? São completamente rejeitadas e vistas como libertinas. Procura-se o conveniente, o dentro das conformidades. Mas porque raio é isto relevante? Não sei. Talvez seja uma mera crítica que me anda a marinar na mente há muito tempo, talvez seja produto do meu estado apático de pessimismo. Apercebi-me de tudo isto quando um dos meus textos foi chamado de ''demasiad...

Amargura e desprezo - I

Há tantos tipos de homens.Eu, na minha tenra idade, ainda não descobri um décimo deles, mas posso afirmar que já conheci alguns. Aliás, seja-me perdoado o lapso, não conheci nenhum homem, mas muitos e muitos rapazes. Esta classificação vai ser talvez um pouco sexista. Tentarei evitar que o seja, mas a estereotipização é quase impossível de evitar. Há os que são honestos. Não me refiro à qualidade de não mentir, refiro-me ao defeito de não se saberem calar. A honestidade escorre-lhes pela boca num rio de palavras que eu não quero ouvir. Não por serem aborrecidas, mas porque são ofensivas. O tato não é um conceito que conheçam. Até são capazes de conhecer, mas é-lhes irrelevante. Ser rudemente honesto parece ser o certo. Não conheci muitos homens/rapazes assim. Aliás, só me lembro de um. Talvez dois. Dois homens com quem gastei muito mais tempo do que devia. Há os que parecem perfeitos. Perfeitos dentro do meu género, obviamente. Não são excessivamente bem parecidos, não são excessiva...

Sei Lá

Tenho dificuldade em lidar comigo mesma.  Tenho dificuldade em fazer a manutenção da minha saúde física e mental, em me lembrar de que preciso de fazer essa manutenção. Tenho dificuldade em me lembrar que estes corpo e mente mortal precisam de ser lidados com cuidado. Tenho dificuldades em catalogar a minha personalidade, em controlá-la, em moldá-la. Tenho dificuldades em decidir o que gosto e não gosto perentoriamente. Tudo para mim é definitivo, mas passado pouco tempo pára de o ser. Mudo de ideias com uma facilidade esplendorosa. E uso esse adjetivo com uma conotação positiva tão ironicamente como não ironicamente. Não me consigo decidir se estou realmente a ser irónica ou não. Tenho uma personalidade marcada, irreversível, forte ao ponto de engolir e detestar facilmente aqueles que têm personalidades fracas. Nunca fui de ''ir com a corrente'', ou fingir ser algo que não sou - mesmo que o quisesse fazer, não o conseguiria, o meu nível de desajuste social não me ...