Sonho
Acordei levemente, como se continuasse num transe sonolento. Entreabri os olhos, num gesto reflexo de curiosidade. A casa estava silenciosa e mergulhada na escuridão. Supus que fossem ainda 3 da manhã, o que me levou a suspirar e a virar-me pela milésima vez na cama. Era uma noite fria de meias insónias, entre os acordares de meia em meia hora, os meios sonhos e os suores frios. Tentei procurar uma posição confortável e esperar que o sono me levasse, mais uma vez, pela última vez. Fechei os olhos, decidida a obrigar o meu corpo a ficar inconsciente, a abandonar-se, a dar-me 2 segundos de descanso. No meio da escuridão abafada pelas minhas pálpebras, músicas começaram a deslizar, figuras e cores a formar-se. Vi-me subitamente assombrada pelas imagens que eu mal percebera que foram o conteúdo dos meus múltiplos e fracionados sonhos. O pânico apoderou-se de mim. Abri os olhos e inspirei fundo várias vezes para acalmar o meu saltitante coração. Não me lembrava de muit...