O ciclo sem fim?
Perde-se a prática facilmente nestas coisas. Não me refiro só a escrever, mas também a escrever o que sinto. Nos últimos anos tenho sido suficientemente vocal sobre os meus sentimentos, ao ponto de não necessitar de um escape na escrita. E como sou uma pessoa dada a pouco tempo e, ultimamente, falta de imaginação, estas páginas ficam em branco. Isso não mudou. Mas hoje pensei em documentar uma fase da minha vida, apenas porque posso e apenas porque preciso de uma distração. Sou uma pessimista por natureza. Entre muitas outras coisas, claro. Sou egoísta, cética, e, acima de tudo, tenho uma tolerância muito pequena à dor. Física, também, mas claro que não estou a escrever sobre esse tipo de dor. Tenho tendência a entrar em níveis altos de cautela assim que sinto o mínimo sinal de que algo me irá magoar. Recolho-me, fecho-me sobre mim mesma, e tento convencer-me de que independentemente do que acontecer, vou continuar a ser eu, portanto tudo vai continuar a estar bem. Daí que ser vulner...