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A mostrar mensagens de março, 2016

Divagações de uma Ex-cética

As comédias românticas dizem-nos que o amor é complicado. Que é sujo, que dói, que é suposto ser pouco saudável, agressivo e que deve marcar-nos para toda a vida, como se nunca mais se pudesse amar mais nada ou ninguém da mesma maneira. Como se não fossemos todos apenas mais um nome numa longa lista de nomes escritos num papel cuspido de dor, mágoa, desilusão e arrependimento. Como se não fôssemos todos meramente alguém de que outra pessoa se lembrou e se esqueceu num abrir e fechar de olhos. Costumava magoar-me tremendamente esta realidade. Para pessoas com ideias irrealistas de grandeza é difícil ser-se apenas um nome num papel. É difícil imaginar que alguém consiga ultrapassar-nos, ou até nem sequer nos ver, ou pelo menos não reparar. Custa que alguém que imaginávamos que estava ao nosso serviço e dispor vire as costas um dia sem aviso, sem querer saber se o vemos a sair da nossa vida. Nunca achei que pudesse ser apenas um nome numa lista de arrependimento e de desprezo. Um nome...